Será boato?!

Elisabete Matos, Juan Pons e Aquiles Machado em S. Carlos? Fonte.

Corram pelos bilhetes!!!!
Elisabete Matos concerto São Carlos 2013

Pérolas no YouTube | "L'Italiana in Algeri" em S. Carlos, 1988



L'Italiana in Algeri no Teatro Nacional de São Carlos, em 1988, com William Matteuzzi, Simone Alaimo, Elvira Ferreira, Manuela Castani, Manuela Santos, J. Vaz de Carvalho e José Fardilha. Rossini à antiga, do melhor que há! A encenação é um bocadinho parada, mas continua muito cativante e a parte final é muito engraçada. Está no YouTube uma versão com cenário semelhante (mais pormenrizado) e com mais movimento, mas a versão de S. Carlos é vocalmente superior! Quem viu e como foi?

Un Ballo in Maschera | Met Live in HD (via Gulbenkian)

Acto I do Baile de Máscaras. (Fot. Ken Howard/Met Opera)
Un Ballo in Maschera foi, em tempos, uma das grandes produções da Metropolitan Opera: cenários de grand opéra, personagens carismáticos e grande alarido entre a audiência. Nesses tempos, não se ouviria ninguém dizer “vou sair antes do final porque estou aborrecido”, como ainda hoje aconteceu entre a assistência desta menos relevante obra de Verdi. Pavarotti conquistava, chegava e arrasava—por essa ordem; a encenação era simplesmente deslumbrante, e o espectáculo estava feito. Na nova produção, pouco mais se pode dizer do que Hvorostovsky, o novo “menino bonito” da Met Opera (assim se escreve no YouTube), alcançou as expectativas que em seu torno se tem gerado.

Indubitavelmente, uma das razões que condenou esta ópera a um estatuto menor entre o repertório principal é a sua dispersão temática, visto que a distinção entre o drama principal e as pequenas gracinhas não está bem definida e a música raramente é inovadora, destacando-se apenas a marcante ária de Renato: “Eri tu. A nível de luz, a nova abordagem deste Baile de Máscaras trata-se de uma interpretação sombria e vazia, com pouco movimento, o que facilita uma melhor concentração no drama em si. Já a nível de movimentação cénica, a situação é diferente, sem qualquer direcção aparente. Várias ideias ocorrem ao P.Z. para explicar as asas do pajem no prelúdio—a falsa aparência da corte de Gustavo III, a desonestidade, a falta de liberdade—mas todas essas hipóteses parecem impertinentes! A cena final do baile é a mais iluminada. Talvez a alma iluminada do encenador tenha interpretado a morte do rei como um momento de luz; mas não terá sido uma morte em pé algo demasiado insensível?

Sondra Radvanovsky detém um timbre elegante e potentíssimo mas pouco maleável. Embora produza pianissimi e algumas nuances encantadoras, nunca deixa de estar dentro da mesma linha vocal, da mesma amplitude de vibrato—curioso exemplo de uma voz extraordinária antagonizada pela própria técnica vocal. A direcção cénica e cinematográfica também não é muito inteligente acerca da forma como lida com esta Amélia, pelo menos no que concerne à transmissão em HD: aproximações excessivas da câmara e guarda-roupa que não favorecem os atributos físicos da cantora não ajudam a criar empatia nem credibilidade junto ao público.

O facto de se tratar de uma transmissão e não de uma assistência ao vivo também levou o P.Z. a duvidar da prestação do tenor Marcelo Álvarez como Gustavo III, cujo pontual excesso de trejeitos físicos pareceram, por vezes, ser uma forma de colmatar dificuldades de expressão vocal. Mais uma vez se repete: ter estado presencialmente na Metropolitan Opera teria sido, sem dúvida, melhor; resta saber até que ponto. Para o P.Z., daquelas a que assistiu, esta foi a transmissão Met Live in HD menos estimulante. (Quiçá por ter em conta demasiado elevada o DVD da produção dos anos 80’?) Mas poucas dúvidas há, neste momento, de que esta encenação é mais promessa do que matéria. 
★★★★☆
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Thaïs | Teatro Nacional de S. Carlos (críticas dos leitores)

Tal como aconteceu com a estreia da ópera portuguesa Banskers, o P.Z. encontra-se em dilema acerca de assistir à Thaïs em versão de concerto do Teatro de S. Carlos. Dessa vez, os leitores mostraram, por meio da votação, que o espectáculo até foi bom. De novo, o elenco não parece prometedor e tão-pouco a "versão de concerto" é uma perspectiva atractiva.

O primeiro contacto do P.Z. com a Thaïs de Massenet foi há dois anos, depois da recomendação do Dissoluto Punito. Adquiriu-se o DVD; a cenografia da Metropolitan Opera era grandiosa, tal como pede o estilo de Massenet; a música parecia "explorar os limites da lírica", escrevia alguém, mas o segredo, em Thaïs, é pensar na sonoridade e apreciar momentos de grande sensibilidade da orquestração exótica, como a entrada da protagonista, ou os números de sensação: a ária do espelho ("Dis-moi que je suis belle") e a "Meditação". Só depois de ler essa recomendação voltou o P.Z. a ouvir a ópera e começou a compreendê-la melhor.

Porém, tal como foi discutido no blog do Dissoluto, nada na Thaïsnem a músicase assemelharia ao nível da Metropolitan Opera se estivesse em más mãos: eis o medo do P.Z. A versão de concerto da Cavalleria Rusticana, em S. Carlos, foi a pior experiência operática do P.Z. Tratando-se essa de uma ópera bem mais acessível, quais são os riscos desta Thaïs?! Por favor, destemidos leitores, votem e comentem rápido!!

★★★★★ - um espectáculo muito bom e estimulante, perfeitamente disfrutável. 
★★★★☆ - bom espectáculo, mas com algumas falhas desagradáveis. 
★★★☆☆ - minimamente interessante mas de qualidade bastante duvidosa. 
★★☆☆☆ - espectáculo que não chega a ser interessante, talvez desagradável. 
★☆☆☆☆ - mau espectáculo; perda de tempo não recomendável. 
Pede-se a quem votar nas sondagens no fim das críticas que tenha em conta estes critérios, evitando que a opiniões semelhantes correspondam votações diferentes.

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