Ópera de Estado há 58 anos

Precisamente há 58 anos, neste dia, o General Craveiro Lopes estava em visita oficial ao Reino Unido. Na época, as grandes visitas de estado incluíam um programa cultural: dessa vez, a rainha Elizabeth arrastou o Presidente da República Portuguesa para A Noiva Vendida de Smetana. O programa da Royal Opera House para a noite de 27 de Outubro de 1955 encontra-se exposto no museu da presidência da república em Belém, ao lado do programa do Teatro Nacional de São Carlos para a noite em que a monarca britânica o visitou em 1957. (Fonte.)

"The state visit of the president of Portugal reaches a brilliant climax..... thus Britain completes its welcome to a soldier who worked in London during the darkest days of the war and now returns as the leader of a nation.":  Newsreel, UK, 1955 (Pathe News via YouTube)


Programa da ROH, Covent Garden, 1955 (Museu da presidência da república)

Programa do Teatro Nacional de São Carlos, 1957 (Museu da presidência da república)

Rainha Elizabeth II em S. Carlos

Giuseppe VERDI: 1813-1901-2013


É dia de homenagear o grande maestro, que comemoraria hoje 200 anos. Sugestão do Valkirio: “Pace, pace” da Força do Destino, interpretada por Elisabete Matos. Sugestões do P.Z.: "O tu che in seno gli angeli", da mesma ópera, por José Carreras, D’amor sull’ali rosee”, por Leontyne Price, e “Ah si, ben mio... Di quella pira!” por Franco Corelli, do Trovador.






Escrevendo neste blog, várias horas foram passadas contemplando e reflectindo sobre a obra de Verdi. Nenhuma delas foi mal passada, porque quanto mais o P.Z. mergulha na ópera do mestre italiano, mais encantadores se tornam os seus detalhes e, muitas vezes, as suas árias. O esquema conceptual de Verdi não será de tanta profundidade como o do seu “complementar” germânico (também já celebrado aqui), mas é na sua subjectividade e inspiração que o podemos redescobrir sempre, com as alterações do humor e filosofia do espectador.

O P.Z. não tem a certeza de qual foi a primeira ópera que viu, mas algumas das primeiras foram o Nabucco, a Traviata e o Rigoletto. A última ainda é uma referência principal no seu mapa musical porque—apesar de o P.Z. ter dormido entre o acto II e “La donna è mobile”—houve qualquer coisa que ficou a sedimentar-se nas suas ideias e fez com que comprasse uma gravação do Rigoletto. O P.Z. ouviu essa gravação tantas vezes que ainda hoje conhece a ópera quase de cor.

Em setembro, o P.Z. visitou o teatro alla Scala pela primeira vez. Foi impressionante estar naquela sala (agora reconstituída) onde se passaram tantas noites lendárias com a música de Verdi (e de tantos outros grandes). Em Dezembro, o P.Z. peregrinará a New York para ver o Falstaff. Que será que se avizinha?

Celebre o bicentenário do nascimento de Verdi partilhando nos comentários alguma história que o tenha marcado graças à música do mestre!